Por Adriano Soares

Querido leitor:

É com muito prazer que venho expor nesta coluna um pouco sobre o comportamento canino. Sou cinotécnico (adestrador) responsável pela Cia Cães Pet e trabalho há muitos anos com adestramento inteligente, socializando os cães para o convívio em sociedade.

Hoje vamos começar com o primeiro passo para um bom relacionamento com o cão: a escolha de um filhote.             

 

Sempre que vemos um filhote, achamos a coisa mais linda do mundo: olhos brilhantes e carência de atenção que todo filhote demonstra. O que esquecemos é que esse filhote cresce. O que de início parece um ato de dedicação e amor, com o passar do tempo assume ares de responsabilidade.

     Para você adotar um cão, você deve primeiro avaliar:   

     A sua personalidade;   

     O seu modo de vida;   

    O espaço de sua casa;

    O tempo de vida de um cão;  

    O que dispõe a gastar com o cão.

  Alem, é claro, da ajuda de um profissional para acompanhar a escolha, já que independente da raça, em toda a ninhada há três tipos de          comportamento, sendo eles o ativo, o reativo e o passivo, que se encaixam em necessidades e situações diferentes. 

  Após esta autoavaliação e você optar por ter como grande amigo um cão, você terá muitos momentos de alegria, profunda admiração, um fiel   companheiro e muito amor, amor incondicional.

Gosto de dizer que existe cão para todos os estilos de vida, por exemplo:

· Para quem mora em uma casa espaçosa, a escolha pode ser ampla. Se o objetivo é ter um cão de guarda, boas opções são Pastor Alemão, Branco, Belga ou Malinoá, ou ainda Rottweiler, Dobermann, Dog de Bordeaux e Cane Corso.

· Para a família que tem um portador de alguma deficiência, redobre os cuidados com a escolha, prefira cães de temperamento calmo como Golden Retriever, entre outros.

· Os idosos também devem ter cães mais tranqüilos como Buldog, Teckel e SRD.

· As famílias que têm crianças devem escolher um cão que acompanhe as brincadeiras infantis, um cão que não apresente traços de irritabilidade, como Beagle, Poodle, Shih tzu, Westie, Labrador, entre outros.

· Casais sem filhos que estão apenas procurando um cão de companhia podem optar por cães de grande porte como Golden Retrivier, São Bernardo, Boxer e também de pequeno porte, como Yorkshire, Lhasa Apso, Maltês, entre muitas outras opções.

· Para pessoas que moram sozinhas é muito interessante ter um pet como companhia. Estas pessoas podem até optar por raças independentes como Chow-Chow ou Yorkshire.

· Agora para quem vive em apartamento, antes de qualquer escolha deve-see observar primeiramente a lei do condomínio, que obriga o proprietário a carregar o seu pet no colo dentro da área comum do edifício. Por isso, deve-se levar em conta o peso do animal adulto. É importante também observar as raças que se adaptam a um espaço reduzido e entre elas, quais latem menos, como o Pug, Chihuahua, Shih tzu e Maltês.

· Já proprietários que têm muito espaço, como sítios e fazendas, podem optar pelos adoráveis cães de pastoreio, dentre eles raças como Border Collie e Australian Cattle Dog, mais conhecido por Blue Hiller, e aproveitar as suas diversas funções, como companhia, agility e pastoreio.

No Brasil, existem 345 raças de cães registradas na Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), sendo assim, com um pouco de pesquisa e a escolha de um canil de confiança você encontrarará um cão perfeito para o seu estilo de vida.

Para dar a você mais uma ajudinha na escolha de um cão, veja o ranking de inteligência de Stanley Coren, elaborado de acordo com a capacidade de obediência das raças caninas mais populares:

1.    Border Collier

2.    Poodle

3.    Pastor Alemão

4.    Golden Retriever

5.    Doberman

6.    Pastor de Shetland

7.    Labrador

8.    Papillon

9.    Rottweiler

10.  Australian Cattle Dog

Espero que tenha ajudado um pouco para o primeiro passo para um bom relacionamento, pois é bom lembrar: TAL DONO, TAL CÃO.

Adriano Soares

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